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segunda-feira, 16 de maio de 2011

RELIGIÃO E COSTUMES NO JAPÃO

RELIGIÃO
No Japão, a Constituição garante liberdade de religião para todos, sendo que seu artigo 20 declara que "nenhuma organização religiosa receberá quaisquer privilégios do Estado, nem exercerá qualquer autoridade política. Nenhuma pessoa será forçada a participar de qualquer autoridade política. Nenhuma pessoa será forçada a participar de qualquer ato religioso, celebração, rito ou prática. O Estado e seus orgãos abster-se-ão da educação religiosa e de qualquer outra atividade religiosa".
A religião predominante noJapão hoje em dia é o budismo, que no final de 1985 tinha 92 milhões de seguidores. O cristianismo também está ativo; havia cerca de 1,7 milhão de cristãos no Japão em 1985. Entre as outras religiões, os mulçumanos contam comcerca de 155 mil seguidores, inclusive não-japoneses residindo temporariamente no país.
A religião nativa do Japão é o xintoísmo, que tem suas raízes nas crenças animistas dos japoneses ancestrais. O xintoísmo transformou-se numa religião da comunidade, com santuários locais para as famílias e deuses guardiães locais. Durante muitas gerações, o povo deificou os horóis e líderes de projeção de sua comunidade e cultuou as almas dos ancestrais de sua família.
Em um dado momento, o mito da origem divina da Família Imperial tornou-se um dos dogmas básicas do xintoísmo, e no início do século XIX um movimento xintoísta patriótico ganhou terreno. Após a Restauração Meiji em 1868, e em especial durante a Segunda Guerra Mundial, o xintoísmo foi promovido pelas autoridades como religião estatal. Entretanto, pela Constituição do pós-guerra, o xintoísmo não receve mais menhum estímulo ou privilégio oficial, embora ele ainda desempenhe um importante papel cerimonial em muitos aspectos d vida japonesa.
O xintoísmo existe lado a lado com o budismo, e às vezes o sobrepuja na mento do povo. Hoje em dia, muitos japoneses realizam ritos xintoístas quando casam, e passam por ritos fúnebres budistas quando morrem.
O budismo foi introduzido no Japão através da Índia e da Coréia, por volta da metade do século VI (oficialmente em 538 d.C). Após obter o amparo imperial, o budismo foi propagado pelas autoridades através do país. No início do século IX, o budismo japonês entrou em uma nova era, atraindo, principalmente, a atenção da obreza da corte. No período Kamakura (1192-1338), uma era de muita agitação política e confusão social, surgiram muitas seitas novas do budismo, que ofereciam a esperança de salvação tanto para os guerreiros como para os camponeses. O budismo floresceu não apenas como religião, mas também fez muito para enriquecer as artes e o saber do país.
Durante o período Edo (1603-1868), quando o férreo governo do xogunato gerou uma relativa paz e prosperidade e uma crescente secularização, o budismo perdeu grande parte de sua vitalidade espiritual, junto com o declínio do poder político e social dos mosteiros e templos budistas e da influência geral cultural da religião.
Pertencendo ao budismo Mahayana (o grande veículo) da Ásia oriental, o budismo japonês prega, em geral, a salvação no paraíso para todos, mais do que a perfeição individual, e existe uma forma bem diferente daquela encontrada em grande parte do Sudeste asiático. Todas as mais de cem seitas budistas do Japão de hoje pertencem ou têm suas origens nos principais ramos do budismo, que foram levados ou se desenvolveram no país na antigüidade: Jodo, Jodo Shin, Nichiren, shingon, Tendai e Zen.
Logo depois da Segunda Guerra Mundial, vários movimentos religiosos novos ganharam força, alguns deles baseados no xintoísmos, outros relacionados com certas seitas do budismo, e outros com uma orientação religiosa mista. Muitos desses movimentos realizam várias atividades sociais e culturais dentro de suas muito unidas comunidades religiosas; alguns também vieram a se engajar em atividades políticas de peso.
O cristianismo foi levado ao Japão pelo missionário jesuíta são Francisco Xavier, em 1549. Ele espalhou-se rapidamente na segunda metade desse século, uma era de guerras e comoção internas, e foi bem-recebido por aqueles que necessitavam de um novo símbolo espiritual, assim como também por aqueles que esperavam obter benefícios comerciais ou nova tecnologia ocidental, em especial as armas de fogo. Entretanto, após a unificação do país por volta do final do século XVI, as autoridades reprimiram todo o potencial de novas mudanças e proibiram o cristianismo, como religião subversiva à ordem estabelecida. O cristianismo continuou banido até a metade do século XIX, quando o Japão reabriu suas portas para o mundo. Entre os cristãos japoneses de hoje, os protestantes (981 mil seguidores) superam em número os católicos (457 mil). Os protestantes comemoraram o centenário da chegada de sua religião ao Japão em 1959.
Os japoneses encaram o confucionismo mais como um código de preceitos morais do que como uma religião. Introduzindo no Japão no começo do século VI, o confucionismo exerceu um grande impacto no pensamento e comportamento do japoneses, mas sua influência diminuiu após a Segunda Guerra Mundial. 


EVENTOS ANUAIS
Climaticamente, o Japão é um país co quatro estações distintas, e muitos eventos anuais estão associados às mudanças da estação. 


Ano Novo
Os japoneses comemoram com grande fervor a passagem de um ano e a chegada do ano novo. O período de momemoração é chamado de shõgatsu, que em seu sentido mais amplo refere-se ao primeiro mês do ano. A primeiro de janeiro, as famílias se reúnem para beber um tipo especial de saquê, o qual acredita-se que garante uma vida longa; tomam um tipo especial de sopa, que contém bolo de arroz glutinoso; e em geral apagam as lebranças amargas que estaram do ano anterior.
As pessoas decoram as entradas de suas casas com ramos de pinheiro e grinaldas de palha, que simbolicamente impedem a entrada de qualquer coisa impura. Também visitam santuários para rezar pela boa sorte no ano vindouro e as casas de parentes e amigos pra trocas saudações de Feliz Ano Novo. Hoje em dia, muitas crianças passam os feriados absorvidas em jogos de computador, mas ainda existe um bom número que, desfruta os divertimentos tradicionais do Ano Novo como o jogo de raquete, o pião, soltar pipa e o sugoroku, a versão japonesa do gamão. As comemorações do Ano Novo são o maior evento do calendário no Japão, e todas as empresas e repartições do governo ficam fechadas durante os três primeiros dias do ano. 


Setsubun
No passado, a palavra setsubun referia-se a qualquer das várias mudanças de estação do velho calendário, mas hoje em dia ela faz alusão específica a 3 ou 4 de fevereiro, o começo tradicional da primavera. No velho calendário, o primeiro dia da primavera assinalava o início do Ano Novo, e o dia anterior, ou setsubun, representava o dia final do velho ano. A maneira tradicional de se comemorar esse dia é espalhando feijões pela casa para repelir os maus espíritos. 


Festa das Bonecas
A Festa das Bonecas, ou hina matsuri, ocorrre a 3 de março, quando as famílias que têm meninas fazem uma exposição de bonecas, que representam a antiga corte imperial, e comemoram bebendo um tipo especial de saquê branco e adocicado. 


Dia das Crianças
O quinto dia do quinto mês tem sido comemorado na China e no Japão desde a antiqüidade. Em 1948, o dia 5 de maio foi transformado em feriado nacional no Japão. Embora ele seja chamado de Dia das Crianças, é na verdade dedicado, apenas aos garotos. As famílias que têm meninos penduram do lado de fora das casas flâmulas que representam carpas como símbolos de força, fezem exposições de bonecos do samurai e armaduras do lado de dentro, e comemoram comendo bolos especiais de arroz. 


Festival Tanabata
Comemorado a 7 de julho, ou a 7 de agosto em alguns lugares, o Festival tanabata tem suas origens na lenda folclórica chinesa sobre o ramântico encontro de duas estrelas que ocorre uma vez ao ano: a estrela Vaqueiro(Altair) e a estrela Tecelã(Vega). Nesse dia de festa, o povo escreve seus desejos em tiras de papel colorido, que são armarradas em ramos de bambu. 


Festival Bon
O Festival Bon ocorre tradicionalmente durante vários dias por volta de 15 de julho no calendário lunar, quando se acredita que as almas do mortos retornam a seus lares. Esses dias ficam com mais freqüencia em torno do 15 de agosto. Muitas pessoas viajam de volta as suas cidades natais nessa época do ano, a fim de visitar os túmulos de parentes. Durante esse festejo, as pessoas instalam lanternas para guiar as almas na ida e volta as suas casas, oferecem comida para os mortos e se divertem com um tipo especial de dança chamada bon odori. Muitas vezes as lanternas descem os rios flutuando.
Também é uma tradição budista as pessoas reverenciarem os túmulos de seus parentes durante o equinócio da primavera, por volta de 21 de março e no equinócio do outono, em torno de 23 de setembro.


FESTIVAIS LOCAIS
O Japão tem uma longa tradição de fazer festivais para convidar e recever os deuses, para banquetear-se e comungar com ele. Muitos desse eventos, como o Festival Gion em Kyoto e o Festival Okunchi em Nagasaki, realizam desfiles coloridos com suntuosos carros alegóricos e outros adornos. Muitas vezes os bairros comerciais competem entre si durante esse festejos, com a apresentação de espetáculos suntuosos. 


Festivais Agrícolas
Desde o período Yayoi (de cerca de 300 a.C a 300 d.C), a agricultura em terra alagadas formou a base para a produção de alimentos no Japão, e muitas festividades estão relacionadas com a produção agrícola, em especial o cultivo de arroz.
Os ritos xintoístas do Ano Novo era originalmente festivais nos quais as pessoas rezavam por uma colheita abundante no ano seguinte, e os festivais do plantio de arroz e outros dos arrozais em terra alagada que ainda são realizados no Japão também envolvem orações por uma boa colheita. Meninas vestidas com quimono, com as mangas amarradas às costas com faixas vermelhas , plantam o arroz, enquanto, ao lado, músicos tocam tambores, flautas e sinos. A dança tradicionalmente relacionada com esses festejos evoluiu aos poucos até tornar-se parte do teatro nô.
No outono são realizados os festivais da colheita e os primeiros frutos dos arrozais são oferecidos aos deuses. Nas aldeias rurais, toda a comunidade comemora o festival do outono, e em muitos lugares carros alegóricos carregando deuses simbólicos desfilam pelas ruas. No Palácio Imperial o imperador desempenha o papel de presentear os deuses com oferendas de novos grãos e frutos. 


Festivais de Verão
Enquanto são feitos muitos festivais de primavera para rezar por uma boa sefra e festivais de outono para dar graças pela colheita, muitos festivais de verão têm o objetivo de repelir as doenças. Dos três festivais mais importantes do Japão - o Festival Gion em Kyoto, o Festival Tenjin em Osaka e o Festival Kanda em Tóquio - , tanto o Gion como o Tenjin são festejos desse tipo.
O Festival Gion de 17 de julho, famoso pelos 32 carros alegóricos que desfilam pelas ruas,era, em suas origens, o festival de um culto espiritual, que teve inúmeros seguidores desde o período Heian (794-1192) até a Idade Média. Os seguidores desse cutlo acreditavam que as desgraças e epidemias era causadas pelos espíritos de pessoas poderosas, que tinham morrido deixando rancores. As epidemias ocorriam, com freqüencia, no verão, de modo que a maioria dos festivais de verão visava aplacar os espíritos que causavam essas epidemias.
No Festival Tenjin, que também tem sua origem em um culto espiritual, um grande número de carros alegóricos com tambores e bonecos segue barcos que carregam alegorias coloridas e descem os rios de Osaka. 


Outros Festivais Importantes
Um dos maiores festivais de verão do Japão e que todos os anos atrai muitos turistas é o Festival Nebuta, que é realizado no início de agosto em Aomori e em outros lugares do nordeste japonês. Ele se caracteriza por desfiles noturnos com imensos carros alegóricos de papel iluminados por dentro e que representam personalidades populares do passado e do presente. Dizem que a festa tem suas origens em um ritual que se acreditava que espantava a preguiça, já que se supõe que a palavra nebuta derive da palavra japonesa que significa sonolência.
O Festival Okunchi, que é realizado em outubro, em Nagasaki, é um festival de colheita famoso por sua dança do dragão, que originou-se na China. Nele desfilam pela cidade carros alegóricos que representam os navios mercantes do período Edo, baleias esguichando água e outros símbolos. 


Feriados Nacionais
Primeiro de janeiroDia do Ano Novo
15 de janeiroDia da Maioridade
11 fevereiroComemoração da Fundação do País
Em torno de 21 de marçoDia do Equinócio da Primavera
29 de abrilDia da Verdura
3 de maioDia da Constituição
Primeiro de janeiroDia do Ano Novo
5 de maioDia da Criança
15 de setembroDia do Respeito aos Idosos
Por volta de 23 de setembroDia do Equinócio do Outono
10 de outubroDia da Saúde e Esportes
3 de novembroDia da Cultura
23 de novembroDia da Ação de Graças pelo Trabalho
23 de dezembroAniversário do Imperador

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